Dr. Claudio M. Martins

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Transtorno bipolar: entre a euforia e a depressão



Baseada em sua história pessoal, a escritora e jornalista Marina W., pseudônimo de Maria Adriana Rezende, faz um relato sobre os altos e baixos na vida dos que sofrem de transtorno bipolar no livro Não sou uma só - Diário de uma bipolar.

"Resolvi escrever este livro porque eu tinha muita vergonha da minha doença, tinha medo de que as pessoas achassem que eu era louca. Agora, quero que as pessoas comecem a encarar o transtorno bipolar como uma doença comum", diz Marina.

O transtorno bipolar é uma doença caracterizada pela ocorrência de episódios de euforia e depressão. Em geral, os pacientes com este transtorno alternam períodos de muita excitação com períodos de depressão e normalidade.

De acordo com Flávio Kapczinski, psiquiatra e coordenador do programa do transtorno bipolar do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, esse problema afeta cerca de 1% da população mundial em sua forma mais grave e 4% em sua forma mais atenuada.

Usualmente, a doença se manifesta por volta dos 20 anos. Com forte herança genética, o transtorno atinge igualmente pessoas do sexo masculino e feminino, ao contrário da depressão, que é muito mais comum em mulheres.

Por ser confundido como um paciente depressivo, a pessoa que apresenta o transtorno leva cerca de oito anos para receber um diagnóstico correto e, muitas vezes, recebe um tratamento errado, à base de calmantes e antidepressivos.

"O tratamento ideal para o paciente bipolar é feito com substâncias chamadas de estabilizadores de humor e que devem ser mantidos durante toda a vida do paciente. O uso de atindepressivos pode até agravar o problema", afirma Kapczinski.

Identificar o transtorno bipolar precocemente e iniciar um tratamento adequado é imprescindível para que o paciente tenha mais qualidade de vida e sofra menos com os efeitos da doença.

"Se não tratado, o transtorno bipolar pode afetar os relacionamentos do paciente, diminuir a capacidade de trabalho e de estudo e gerar problemas familiares. Além disso, 40% dos pacientes desenvolvem problemas com drogas e álcool e a taxa de suicídio é bastante alta", alerta o psiquiatra.

Marina relata que sofreu muito até descobrir seu problema. Evitava os amigos e prejudicou a educação de seus filhos. "A pior perda que tive foi o contato com meus filhos. Prejudiquei o convívio com eles porque me ausentava muito", conta a jornalista.

Não sou uma só - Diário de uma bipolar ainda conta com um texto do jornalista Pedro Bial que acredita que a leitura "vai ajudar muita gente a se libertar de suas prisões solitárias e de sua agonia inconfessa."


Data: 18/04/2007 - 11:04
Fonte: Redação Terra


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