O portador de dislexia precisa de cuidados especiais, mas também tem que saber que é igual aos irmãos, primos e amigos. Esta é a missão dos familiares. Tão importante quanto o tratamento, elevar a auto-estima do disléxico é fundamental para que ele supere as dificuldades.

"Após a identificação da dislexia por meio de um diagnóstico correto, é importante prestar orientação aos pais e encaminhar essa criança para um tratamento correto diante das dificuldades que apresentou", afirma Maria Ângela Nogueira Nico, fonoaudióloga e psicopedagoga clinica, coordenadora técnica da Associação Brasileira de Dislexia (ABD).


Dicas para a família do portador de dislexia:
- Dividir a lição em partes para cansar menos e a produção ser maior
- Alguém estar ao lado para ler os enunciados ou explicá-los, caso a criança tenha dúvidas

- Procurar livros, sites e materiais que demonstrem através de figuras, desenhos, esquemas a matéria de forma concreta para facilitar a compreensão.

- Alugar filmes que retratem questões históricas ou literárias que estão sendo vistas na escola também ajudam na compreensão

- Valorizar os acertos da criança e não destacar somente os erros

- Observar a criança e perceber o que para ela funciona melhor: estudar à tarde, pela manhã ou à noite; sozinha ou acompanhada; fazer intervalos de 15 minutos ou meia hora. Cada criança é diferente da outra e com os disléxicos também funciona assim

- Falar com a criança quando ela estiver com atenção voltada para você. Caso contrário pedir para que olhe para você para ter certeza que ela irá "ouvir" o recado

- Conversar com a coordenação da escola e verificar a disponibilidade para atender às necessidades da criança quanto à prova oral, provas alternativas.

- Propiciar o acompanhamento indicado no relatório para melhor evolução do desempenho escolar.

- Não corrigir sistematicamente erros da escrita e disnomias (trocas de palavras).

- Demonstrar amor, carinho e aceitação, incentivando à superação das dificuldades.

Material produzido pelo orientador educacional Mário Ângelo Braggio, diretor de Relações Escolares da Associação Brasileira de Dislexia

Redação Terra